Até onde vai o seu preconceito?

Lidar com a opção sexual é um assunto tanto quanto perturbador, já que envolve comportamentos muitas das vezes desconhecidos pela grande massa. O grande X da questão está olhar que a sociedade tem por esses indivíduos que se interessam por pessoas do mesmo sexo, julgando-os como uma questão de escolha e não de condição.

Para se ter uma idéia, até a década de 90 o homossexualismo era considerado uma doença de ordem mental pela Organização Mundial de Saúde (OMS), mostrando uma ignorância ímpar em relação à diversidade sexual encontrada no mundo.

A homossexualidade existe desde que o mundo é mundo. Temos o exemplo de vários Imperadores Romanos, como Nero, que era homossexual, além do grande rei macedônio, Alexandre o Grande, que também era homossexual. Na África foram observados pelos desbravadores europeus vários casos de homossexualidade entre tribos de guerreiros, sendo que entre muitas dessas tribos este comportamento era cultural.

Na minha humilde opinião, a homossexualidade não pode ser considerada uma aberração da natureza, pois são vários os exemplos de animais homossexuais. Tampouco podem os homossexuais serem considerados pecadores, pois já nascem assim, e desde muito pequenos já demonstram comportamento homossexual. Um menino de 4 ou 5 anos por exemplo, que nasceu homossexual, possuindo trejeitos femininos em sua mais pura inocência, seria um pecador?... Mereceria queimar no fogo do inferno eternamente?




Hoje em dia, praticamente todos os seguimentos religiosos abominam e intitulam o homossexualismo como sendo pecado. Uma das poucas religiões que não os enxergam desta forma é o espiritismo, que diz: “Homens e mulheres nascem homossexuais com a destinação específica do melhoramento espiritual, jamais sob o impulso do mal”.

É necessário que ao analisarmos esta condição humana, tenhamos certa sensibilidade de interpretar, não apenas sob nosso interesse, mas sim tendo o respaldo de respeitar e pelo menos tentar entender as condições que levam certa parte da população a agir de maneira diferente do “normal”, digamos assim, já que não me considero com a menor moral possível para julgar o que é certo ou errado e muito menos o que é normal ou anormal, afinal, tudo o que somos hoje se justifica de um processo histórico-cultural carregado de interesses apenas, que deterioram pessoas que não se encaixam nessa ‘sociedade’ que até então julgam ser a ‘correta’.

Há pouco tempo tive o desprazer de assistir as declarações do tal do Silas sei lá do quê – tenho preguiça de escrever, de tão insignificante – e em meio a tantas porcarias ditas, indignada, me deparei com vários alienados de merda me enchendo o saco por dizer o que penso sobre esse tal ‘Silas’, mais conhecido como ‘deus’. Não quero julgar o que é certo e o que é errado, cada um tem uma crença e deve sim segui-la, mas julgar ao próximo é bíblico, e pecado por pecado já começa a ser praticado aí mesmo.

Temos que abandonar esse olhar medieval em relação a homossexualidade. Todos somos iguais, e o que conta é o caráter de alguém, não se ele ou ela tem um relacionamento com alguém do mesmo sexo. Tenho amigos heteros e homos. Cada um tem seus defeitos e qualidades, e ainda assim são pessoas. O homossexual não é diferente, é uma pessoa como outra qualquer que tem direitos e deveres, qualidades e defeitos e merecem a felicidade, e, sobre tudo, o RESPEITO.



Aqui vai o vídeo em que o Silas Malafaia fala a respeito não só dos homossexuais, mas de outras baboseiras estúpidas e sem fundamento também:

 

Silas diz: "A mãe de um bandido ama profundamente o filho, mas pergunte se ela concorda com aquilo que ele faz? Amar a pessoa é uma coisa, concordar com a prática é outra. Eu amo os homossexuais, mas discordo 100% de suas práticas. Amo os homossexuais como amo os bandidos, os assassinos…". Ah, por favor, continue. Estou morrendo de vontade de saber de onde você tira esse seu dinheiro corrupto.

 

 

 

Frase do dia:

"Repita comigo: Toco cru pegando fogo".